EXORTAÇÃO
Raul de Leoni
Sê
na Vida a expressão límpida e exata
Do
teu temperamento, homem prudente;
Como
a árvore espontânea que retrata
Todas
as qualidades da semente!
O
que te infelicita é sempre a ingrata
Aspiração
de uma alma diferente,
É
meditares tua forma inata,
Querendo
transformá-la de repente!
Deixa-te
ser!... e vive distraído
Do
enigma eterno sobre que repousas,
Sem
nunca interpretar o seu sentido!
E
terás, de harmonia com tua alma,
Essa
felicidade ingênua e calma,
Que
é a tendência recôndita das coisas.
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FONTE:
MANUAL PRÁTICO DE REDAÇÃO E GRAMÁTICA
REDAÇÃO, GRAMÁTICA TESTES E EXERCÍCIOS.
VESTIBULAR, FACULDADE, SUPLETIVO
1º E 2º GRAUS, CONCURSOS, MAGISTÉRIO
(não consta no livro o ano e a edição)
AUTOR: ALPHEU TERSARIOL
LI-BRA EMPRESA EDITORIAL LIMITADA
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Poeta brasileiro
Raul de Leoni
30 de outubro de 1895, Petrópolis, RJ (Brasil)
21 de novembro de 1926, Itaipava, RJ (Brasil)
21 de novembro de 1926, Itaipava, RJ (Brasil)
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Raul de Leoni Ramos fez os estudos primários e secundários no Rio de Janeiro, partindo em seguida para a Europa, onde passou a adolescência. De volta ao Brasil, ingressou na Faculdade Livre de Direito, no Rio de Janeiro, formando-se em 1916.
Em 1917, graças ao apoio do então ministro do Exterior, Nilo Peçanha, ingressa na carreira diplomática, sendo designado, no ano seguinte, para servir em Havana, Cuba. Interrompe a viagem, contudo, e é designado para servir em Montevidéu onde fica apenas três meses. Transferido para o Vaticano, acaba por abandonar a carreira, passando a trabalhar como inspetor numa companhia de seguros.
Ganha notoriedade nos meios literários ao publicar, em 1919, Ode a um poeta morto. Pouco tempo depois, novamente graças à influência de Nilo Peçanha, Leoni é eleito deputado à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Não chega, contudo, a tomar posse, pois, a fim de realizar tratamento para cura da tuberculose, retira-se à cidade de Itaipava.
Em 1922, publica Luz mediterrânea. Por sua posição estético-filosófica e pelo cuidado com a forma de seus poemas, Leoni é considerado, por alguns críticos, um poeta parnasiano. Trata-se, contudo, de uma visão simplista. Segundo Alfredo Bosi, "não sendo um poeta sentimental, nem por isso se transformou em um 'poeta de ideias', pois levava em si o artista que funde o conceito na imagem e o pensamento na palavra em que todo se compraz".
Leitor de Paul Valéry, Raul de Leoni foi, de fato, um poeta de formas antigas; mas também era, ainda segundo Bosi, "inteligência ousadamente moderna".
Faleceu aos 31 anos, de tuberculose.
Em 1917, graças ao apoio do então ministro do Exterior, Nilo Peçanha, ingressa na carreira diplomática, sendo designado, no ano seguinte, para servir em Havana, Cuba. Interrompe a viagem, contudo, e é designado para servir em Montevidéu onde fica apenas três meses. Transferido para o Vaticano, acaba por abandonar a carreira, passando a trabalhar como inspetor numa companhia de seguros.
Ganha notoriedade nos meios literários ao publicar, em 1919, Ode a um poeta morto. Pouco tempo depois, novamente graças à influência de Nilo Peçanha, Leoni é eleito deputado à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Não chega, contudo, a tomar posse, pois, a fim de realizar tratamento para cura da tuberculose, retira-se à cidade de Itaipava.
Em 1922, publica Luz mediterrânea. Por sua posição estético-filosófica e pelo cuidado com a forma de seus poemas, Leoni é considerado, por alguns críticos, um poeta parnasiano. Trata-se, contudo, de uma visão simplista. Segundo Alfredo Bosi, "não sendo um poeta sentimental, nem por isso se transformou em um 'poeta de ideias', pois levava em si o artista que funde o conceito na imagem e o pensamento na palavra em que todo se compraz".
Leitor de Paul Valéry, Raul de Leoni foi, de fato, um poeta de formas antigas; mas também era, ainda segundo Bosi, "inteligência ousadamente moderna".
Faleceu aos 31 anos, de tuberculose.
Fonte da biografia: http://educacao.uol.com.br/biografias/raul-de-leoni.jhtm