VENCER OU VENCER - Reflexões






VENCER OU VENCER

O ser humano está sempre em busca de novos desafios, tentando a todo custo superar limites, destacar-se, ser famoso, ganhar cada vez mais dinheiro, respeito, poder ou simplesmente buscar realizações e reconhecimentos para sentir-se importante, motivado, vitorioso.
 Independentemente do motivo, o fato é que o homem tem procurado cada vez mais, ser competitivo.
Tudo gera uma competição, e, a mídia sabendo disso, usa de todos os recursos disponíveis para conquistar ou mesmo reconquistar a atenção de todos, e, para isso utiliza-se habilmente da fragilidade emocional das pessoas no intuito de despertar interesse por esses meios de comunicação, vindo a alimentar a atenção  de todos aqueles que fazem desses recursos um meio para se atualizar e apreender a estabelecer metas para  finalmente cumprirem seus objetivos.
Os temas são quase sempre muito bem elaborados, e, sob as mais diversas formas, como: documentários, programas seriado, propagandas, noticiários etc.
Temos como bons exemplos, os programas voltados para a saúde e que prestam um bom serviço à sociedade que vive ou não em busca por esclarecimentos de tudo que diz respeito à saúde. Nesses programas, são abordados assuntos de alta  relevância, de uma forma simples e clara, visando alcançar o correto entendimento do maior número de interessados pela própria saúde, e se bem observados, desencadeiam como consequência direta a longevidade humana, e, como a estética tem um vínculo muito forte com a saúde do corpo, a atenção dada por muitos a esse tipo de divulgação é redobrada. 
A estética e a saúde do corpo nos ditames atuais despertam o interesse de adultos e até mesmo de jovens e crianças. Enfim, em todas as idades e em todas as classes sociais encontramos obstinadas disputas, por vezes até instintivas e silenciosas, e, como é de se esperar, os competidores menos favorecidos economicamente, recorrem ao tão divulgado “jeitinho brasileiro” e, com isso, se posicionarem, como diriam os mais antigos, “na crista da onda”.
O que existe de positivo nisso tudo, é que muitos desses seguidores midiáticos, embora preocupados com o culto a beleza do corpo e a competição propriamente dita, focalizam também na própria saúde e como consequência gera um bem estar físico e emocional. Sabendo dessa necessidade, por vezes imperiosa, e, da sensibilidade humana, principalmente quando se trata da valorização do próprio eu, a mídia tira o máximo de proveito disso, fazendo uma divulgação ampla e de forma espetacular, como já foram constatados por muitos, nos noticiários produzidos em: jornais, revistas, rádio, TV, cinema e na atualíssima internet.
Atualmente vivenciamos em nosso dia a dia, uma comunicação quase sempre soberba, fabricada avidamente sob a forma imensurável de uma sopa de diversos códigos escritos, sons e imagens que produzem ou cobrem a maioria dos eventos considerados importantes e de interesse público, como: política, futebol, atletismo, saúde, beleza, educação... O formato é por vezes sensacionalista para poder despertar e manter interesse dos leitores, ou de garantir audiência de um mundo essencialmente capitalista e, por vezes até perverso.
Alguns desses reclames exercem uma influência marcante sobre as pessoas, fazendo com que elas se mobilizem e procurem viver sem trégua em busca de um ideal que cada um desenha para si mesmo. Em geral, os mais atingidos em especial, são os jovens, pelo simples fatos de serem altamente influenciáveis e, por isso mesmo, os mais entusiasmados.
Contudo, não podemos esquecer que os atletas são educados para serem altamente competitivos com o intuito de conquistar as tão sonhadas medalhas, estes, empregam um esforço hercúleo para esse fim, mesmo que para isso seja necessário chegarem ao limite de suas resistências, na tentativa de quebrarem todos os Recordes possíveis.
A Cultura e a Educação propriamente dita, também tem seu espaço garantido na mídia, porém, diminuto, se levarmos em consideração a grandiosa importância que elas exercem para o desenvolvimento de um povo.
Quando o assunto é política, então, a disputa é mais acirrada, tanto aqui no Brasil quanto no mundo, pois os cargos políticos possibilitam alimentar a conquista do poder dentre as intermináveis vantagens que muitos de nós desconhecemos, e, quando da época das eleições, é público e notório o interesse de muitos desses candidatos a cargos políticos, afora algumas exceções, pretenderem vencer os seus oponentes, mesmo que para isso, muitos deles recorram a todos os tipos de artimanhas para conquistar o voto do povo, e com isso corromper ou pelo menos tentar corromper os que encontram pelos caminhos, justificando para si mesmos, que os fins justificam os meios. Pensamento terrivelmente amoral, pois devemos partir desses princípios:
Vencer não é promover a derrota do concorrente, oponente e, com isso sair-se vitorioso.
Vencer é competir e, mesmo com a ameaça da derrota manter-se firme com ética;
Vencer é muito mais que ganhar. É com sabedoria  vencer a si mesmo;
É conter-se para não ferir, mesmo sendo ferido;
Vencer é compreender, é ser tolerante e conquistar a confiança e o respeito até dos próprios desafetos;
É na medida do possível tentar cumprir todas as dignas promessas;
É "fazer de um tudo", "fazer das tripas coração", "É dar nó em pingo d'água”... E, se mesmo assim, e, por motivo de força maior não conseguir cumprir ao todo ou em parte do prometido, o ser humano deve ter a decência e a humildade de assumir os enganos, e, quando possível for, tentar remedia-los, pedir desculpas, pedir apoio,  reconquistar.
Felizmente, ainda encontramos nos dias hoje uma infinidade de pessoas que agem respeitosamente em todos os meios sociais  e sempre levantam a bandeira da  ética, e, por isso mesmo desaprovam e tentam constantemente expurgar todas as  atitudes inescrupulosas . Esses heróis  e heroínas de caráter sem mácula, não só merecem a nossa confiança, nossa admiração e o nosso respeito, como também, que sejamos seguidores dos seus preciosos e grandiosos exemplos.
       
 Nilza Chagas de Amorim
                                                 


 
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