TUTU O SAPINHO SONHADOR - Contos da Vovó Dida.

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TUTU, O SAPINHO SONHADOR.

Tutu nasceu forte e ativo numa lagoa perto do mar.
Era um sapinho feliz e muito bonitinho que só queria:
Viver, Brincar e Sonhar.

Gracioso que só ele só.Tutu quando queria,
Pulava até de uma perna só.

Pula pra lá, pula pra cá.
Mergulhava ali, aparecia acolá.

Pulava, cantava, brincava, vivia.
Tutu naquela lagoa era só alegria.

Certo dia, Tutu parou, olhou o mar com mais atenção.
Encantado com aquela imensidão de água que parecia unir-se ao céu. Tutu passou a sonhar em nadar e viver nesse imenso arranha-céu.

O tempo foi passando e Tutu cada vez mais sonhando, sonhando...

Matutando, matutando, sempre o matutinho, ficava hora após hora, paradinho, sempre no mesmo lugar.Tutu tão absorto ficava que não via a hora passar.

E Tutu nunca parava de sonhar!
Com o vai e vem das águas,
E as bolhinhas brancas do mar.

E o som que o mar fazia?...

AH! ...
Para ele parecia uma verdadeira sinfonia.

O tempo ia passando,
Tutu sempre pensando.
E nada fazia.

Doía o coração dos amigos,
 Ver Tutu naquela prostração.
Alguns pensavam...
Outros até comentavam
A infeliz transformação.

Intrigados, todos eles tentavam,
Reverter àquela situação.

Chamavam:
-Tutu... Tutu... Vamos brincar.
Existe tempo para tudo.
Inclusive para sonhar.

E o nosso querido sapinho naquela concentração,
Não ouvia mais nada, era de cortar o coração.

E quando a fome vinha?

Haaaaaa! ....
Ele esticava a lingüinha para se alimentar.
Se tinha comida por perto, comia.
Se não, aguardava sempre a oportunidade chegar.

O tempo foi passando e Tutu só definhando.
E o nosso querido sapinho, que era tão bonitinho, forte e engraçadinho,
Foi ficando, ficando, cada vez mais acanhadinho.

- Sonhar faz parte da vida, isso eu não posso negar.
Mas, parar de viver, só para viver a sonhar.
É negar a si mesmo a oportunidade de viver, crescer, brincar, estudar e trabalhar.

O tempo ia passando.
Tutu não percebia.
Parado sempre no mesmo lugar.
Curtindo aquela maresia.

Todos que por lá passavam e para o sapinho olhava,
Intrigados, logo comentavam aquela situação.

Uns falavam até muito alto!
Querendo despertar a sua atenção.

- Coitadinho do Tutu, preguiçoso que dá dó.
A vida passa por ele, e ele só sabe dar nó.

E nessa constante sintonia com o mar, só ele não percebia!
 Que com essa maresia a sua vida se esvaia.

E o nosso querido sapinho continuava sempre a sonhar,
Com o vai e vem das ondas e o burburinho das águas do mar.

Caia a noite, raiava o dia.
E Tutu do lugar não saia.
Dormia, e acordava sempre com a mesma mania.

E o tempo passava e só ele não percebia.
Que a vida desabrochava maravilhosa e radiante dia a dia.

Um dia, Tutu já muito fraquinho. Nosso querido Sapinho, sempre. Sempre muito quietinho, tomou um susto de arrepiar, pois tão concentrado estava admirando as ondas do mar, não percebeu a poderosa Nininha pulando alegremente, essa linda sapinha que na lagoa  tão limpinha mergulhava tanto ao ponto de encantar.

Pulava na terra, pulava na água.
Andava e comia sempre que precisava.
Forte, graciosa, feliz e charmosa.
A sapinha Nininha sempre acompanhada da boa turminha, fazia daquela lagoa o melhor lugar para morar.

Tutu esquecendo o encantamento que o mar lhe causou, passa observar com atenção e amor a graciosa sapinha que nele esbarrou.
Ti Bom!
Que pedindo desculpas sorriu e continuou.

OH! Que gracinha de sapinha. Exclamou.
Como seria boa a sua companhia!... Suspirou.
Quero muito com ela brincar.
E decidiu com vontade:
Fazer desse sonho realidade.
Não deixar o tempo passar.

Enquanto isso na lagoa.

- Nininha, Nininha, gritava a turminha, chamando alegremente a graciosa sapinha.

De repente. Tutu todo entusiasmado quis entrar naquela brincadeira.

E Foi. Ou melhor, tentou...
Mas, o que conseguiu o pobre Tutu foi só se arrastar.
Levantou o corpo para pular, e nada.
Só conseguiu apenas se esticar.
Com os músculos atrofiados mal podia andar.

Tutu logo compreendeu o tempo que perdeu, sonhando com o mar que jamais seria seu e olhando a sapinha Nininha aparecer e desaparecer entre montes de terra e folhinhas, mergulhando e nadando na lagoa fresquinha, Tutu se esqueceu de sonhar e passou a observar as águas calmas da bela lagoa, com rãs, peixinhos, sapinhos, todos muito contentes, a vida a desabrochar, e tudo tão pertinho e era só aproveitar.

A lagoa comparada ao mar era bem diferente, certamente.
Doce, calma, mas, tão bela quanto o belo mar.
Porém, adequada para os sapinhos viver,
Nadar, brincar e sonhar.

Tutu não contendo o entusiasmo que a alegria da Nininha lhe causou, resolveu mudar de vida, e tudo com muito amor.

Tutu começou exercitando corpo devagarzinho.
Pois, já se encontrava muito fraquinho,
O nosso querido sapinho.
Mas, com força e determinação.
Escolhendo e colhendo os alimentos com atenção e carinho,
Comendo nas horas certas e se exercitando com moderação,
O nosso querido sapinho hoje esta em fase de plena recuperação.

Veja vocês o resultado dessa nova transformação!
Viver bem é uma arte que faz bem ao coração.
Ser ativo, amigo e companheiro e ter amizades.
Isso é viver em comunidade. Isso é evolução.

O Tutu, hoje totalmente recuperado.
Feliz, robusto, corado.
E até com aparência de malhado.
Relembra com os amigos o tempo de grande marasmo, que tanto mal causou ao seu corpo, mente e coração.
E, usando sempre como exemplo a valiosa  lição do passado
Com muito cuidado para que não haja repetição.

- E Nininha?...

-AH!... A Poderosa Nininha que mudou tanto a sua vidinha?

- Hoje faz parte de sua galerinha, sempre graciosa e cheia de energia e muita alegria, enchendo de amor e esperança o seu nobre coração.
                          FIM                        

                                                        Nilza Chagas de Amorim

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VIDA - Reflexões

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VIDA
Vida é eterno movimento e, se ficarmos parados, com certeza, seremos verdadeiros mortos vivos. Mais morto do que vivo, verdadeiros robôs humanos.
 Inovar, mudar de rumo quando necessário se faça promover sempre a nossa felicidade e, para isso é preciso fazer esta reflexão:
Como poderemos ser realmente felizes se o nosso próximo mais próximo sofre?...
Acredito sinceramente e espero que esteja certa nas minhas deduções de que quem pensa a felicidade como uma realização puramente individual, não sabe o que é ter uma vida plena ou quiçá momentos felizes. Sendo assim, concluo que para desfrutar da verdadeira felicidade é preciso vivenciar a felicidade do outro, o nosso próximo mais próximo.
A alegria é prazerosa, porém não significa felicidade.
Façamos do amor um eterno alimento para a nossa alma, pois ele nos garante a seiva da vida, pois só amor vivenciado em harmonia com o Pai Maior será capaz de produzir a verdadeira felicidade.
 Parafraseando Belchior, “Viver é melhor que sonhar”, em dos seus versos da letra da música Como Nossos Pais, de sua autoria, também cantada na lindíssima voz de por Elis Regina e, acreditando sinceramente que sonhar também é viver e que vida a significa um  eterno movimento  físico e  mental e, tentar realizar os nossos sonhos é um imperativo da própria vida e que independente de realizá-los ou não, por si só, já vale a pena o esforço realizado.
                                     Nilza Chagas de Amorim

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AUTOPSICOGRAFIA - Poema

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  AUTOPSICOGRAFIA    
          Fernando Pessoa

      O poeta é um fingidor.
    Finge tão completamente
    Que chega a fingir que é dor
    A dor que deveras sente.

    E os que lêem o que escreve,
    Na dor lida sentem bem,
    Não as duas que ele teve,
    Mas só a que eles não têm.

    E assim nas calhas de roda
    Gira, a entreter a razão,
    Esse comboio de corda
    Que se chama coração.






 O poeta é um fingidor de  Fernando Antonio Figueredo Pessoa, considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo".[1]
Por ter sido educado na África do Sul, para onde foi aos seis anos em virtude do casamento de sua mãe, Pessoa aprendeu perfeitamente o inglês, língua em que escreveu poesia e prosa desde a adolescência. Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa traduziu várias obras inglesas para português e obras portuguesas (nomeadamente de António Botto e Almada Negreiros) para inglês.
Ao longo da vida trabalhou em várias firmas comerciais de Lisboa como correspondente de língua inglesa e francesa. Foi também empresário, editor, crítico literário, jornalista, comentador político, tradutor, inventor, astrólogo e publicitário, ao mesmo tempo que produzia a sua obra literária em verso e em prosa. Como poeta, desdobrou-se em múltiplas personalidades conhecidas como heterónimos, objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro irradiador da heteronímia, auto-denominou-se um "drama em gente". - O texto postado está reproduzido na íntegra,    da fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa
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Imagem retirada http://peroladecultura.blogspot.com.br/search/label/Poesia
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VIVER COM AMOR - Poema

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Viver com Amor

Amor
Sentimento divino
Transformando pequeninos
Em grandes e amados heróis.

 O amor!
Sentimento verdadeiro
Que abriga o mundo inteiro
Em um pequeno, grande coração.

Para viver amor
Não dependemos de sexo,
Cor, posição social ou idade,
E sim, promover a igualdade,
Unindo todos os corações.

Com amor
Aqui, ali, além e sempre.
Vamos construindo a paz,
A união com muita alegria,
Vivendo com sabedoria
Conquistando corações. 

                            Nilza Chagas de Amorim  

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MEDIUNIDADE - Mensagem

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MEDIUNIDADE

            Quando começa aflorar a mediunidade, na maioria das vezes ficamos desesperados. Procuramos médicos da Terra, que invariavelmente nos receita tranquilizantes e nos afirma que estamos em crise emocional, o que não deixa de ser verdade.
         Não precisamos de remédios e sim de JESUS no coração, e a partir daí devemos:

         Rever nossos hábitos;
         Policiar nossos pensamentos;
         Ter sempre o Bem como meta;
         Enfim, ter atitudes essencialmente cristãs.

         Meus amigos, alguns de nós, quando nos deparamos com esses fatos e temos a certeza de que se trata de um fato mediúnico, procuramos evitar o assunto, ou mesmo quando já estamos freqüentando um Grupo Espírita, participando dos trabalhos de desobcessão ou mesmo de desenvolvimento mediúnico, nos afastamos na ilusão que assim daremos um freio aos acontecimentos.
         Não, não. Se pensarmos assim, estaremos cometendo um lamentável engano, porque ser médium não implica em ser espírita, pois os encontramos em todas as religiões e até mesmo nos que se dizem “ateu”. Embora neguem os fenômenos, afirmem não acreditar na sobrevivência do espírito, na reencarnação... Os fatos contestam suas palavras.
         Meus amigos. A mediunidade em ação é uma condição especial que o Pai nos dá para melhor resgatarmos os nossos débitos pretéritos.  Credito divino que nos é dado pelo Misericordioso Pai, para que através do amor, não só aliviemos nossas dores, como também as dores do nosso próximo, servindo assim de escala evolutiva.
         Não devemos esquecer que a atitude mais sensata que devemos adotar é a de encarar a mediunidade como Divina Ferramenta de Trabalho que o Criador nos deu como acréscimo de misericórdia, para melhor  desempenhamos nossa tarefa Cristã, e em todos os momentos que estivermos a exercê-la, devemos lembrar sempre desse dito: “ Daí de graça o que de graça recebestes”.
         Resumindo; quando participamos de um grupo de desobcessão, ou mesmo de desenvolvimento mediúnico, estamos ajudando a um grande número de espíritos sofredores, e que muitas das vezes esperaram anos por essa oportunidade, pois a seara é grande meus amigos e diminuto é o número de irmãos encarnados dispostos a ajudar. Portanto, se a mediunidade que estava em estado latente em vós, começar a desabrochar de uma forma que não só chame a vossa atenção, mas como também a atenção de outras pessoas, não se incomode com o desconforto que as vezes vos causa e que muitas das vezes vos leva ao constrangimento, lembre-se que esses acontecimentos é um chamamento do Criador, vos despertando para o bem servir com Jesus, sempre ao nosso lado mesmo quando não o invocamos, esperando sempre atento ao nosso chamado, observando as nossas atitudes. E quando enfim, estiverdes em pleno exercício dessa atividade divina, verás como será fácil manterdes o controle das comunicações, disciplinando-as, fazendo até uma preleção, para que possas ser útil, não só ao comunicante, mas como também obter lições que sejam úteis a nossa evolução, lembrando-se sempre que “Fora da Caridade não há salvação”, pois é ajudando aos outros que estamos ajudando a nós mesmos. Só assim teremos a Mediunidade com Jesus.                  
                                  Nilza Chagas de Amorim
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MEDIUNIDADE
Faz parte de uma coletânea de textos com o título RECORDANDO JESUS. Textos inspirados.
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Obs.: Caso o leitor queira maior aprofundamento sobre o tema  Mediunidade, fineza consultar o O Livro dos Médiuns, Allan Kardec 
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